O Bump Test, mais conhecido como Teste de Resposta, Salva Vidas!
O Teste de Resposta (Bump Test) salva vidas e É LEI!
Seu smartphone já falhou alguma vez? E seu smartwatch? Seu carro? Seu Tablet? É provável que sua resposta seja sim para uma ou mais dessas perguntas, pois ainda que tenhamos dispositivos com elevado nível de tecnologia, são dispositivos eletrônicos e existe sempre a possibilidade de falha.
O detector de gás também tem se tornado um dispositivo de alta tecnologia, com diversas opções de conectividades, sem deixar de lado a sua função principal, que é detectar gases presentes na atmosfera, protegendo assim a vida do trabalhador.
Diariamente, milhares de trabalhadores ao redor do mundo realizam diversos tipos de trabalhos em ambientes de risco ou nos conhecidos espaços confinados. Ao realizar esse tipo de atividade, o trabalhador precisa lidar com ambientes agressivos e os EPIs, aliados as medidas de prevenção e controle, são indispensáveis para que, ao final do dia ou da atividade, esse trabalhador possa retornar seguro para a sua família, vencendo assim, mais um dia.
Riscos relacionados
Um dos riscos a serem observados nesse cenário está relacionado à alteração do ar atmosférico em função da presença de outros gases ou agentes biológicos na atmosfera, como presença de gases inflamáveis, onde temos riscos de explosão, presença de algum tipo de gás toxico e que pode oferecer riscos à saúde do trabalhador ou ainda fatores que possam tornar a atmosfera rica ou deficiente em oxigênio.
Para nos prevenir desses riscos, temos um aliado cada vez mais potente, moderno e tecnológico: O Detector de gás.
O detector de gás, ou o detector multigases como também é conhecido, é o dispositivo responsável pelo monitoramento contínuo da atmosfera, apresentando em tempo real o cenário ao qual o trabalhador está exposto no que diz respeito aos riscos de explosão, toxicidade e deficiência ou enriquecimento de oxigênio.
Como o principal responsável por essa função tão importante, temos que observar todos os cuidados necessários para que, quando exigido, o detector possa desempenhar o importante seu propósito de alertar o trabalhador, cumprindo assim o seu mais belo papel: Salvar vidas!
Ao iniciar a atividade, depositamos nesses dispositivos uma confiança muito grande, confiando no seu potencial de salvar vidas. Mas surge uma importante pergunta: Como podemos ter certeza de que o detector irá funcionar corretamente quando submetido à exposição dos gases? Como podemos garantir que ele irá alarmar em caso, por exemplo, de um vazamento de metano? Ou de uma exposição ao gás toxico?
Então, como garantir que o detector de gás está funcionando como deveria?
A melhor maneira de testarmos os nossos dispositivos eletrônicos é submetê-los à condição que foram designados a cumprir! Vamos tentar utilizar nosso smartphone para ver se ele responde, ou dar uma volta no carro para ver se está tudo em ordem, ou ainda conferir se nosso tablet ou smartwatch estão realizando as funções que foram designados a fazer.
Como nosso detector de gás não é diferente.
A única forma de confirmar que o detector de gás está pronto para desempenhar a função para o qual foi projeto, que é detectar gás, com potencial de salvar vidas, é testando sua resposta ao gás!
A maneira de fazer isso, pode variar um pouco de fabricante para fabricante, sendo em alguns casos um teste rápido e prático e em outras vezes testes programados para serem realizados por estações de trabalho que também realizam inúmeras outras funções.
Mas em linhas gerais, a ideia é expor o detector ao gás e atestar que ele está respondendo de maneira correta, ou seja, seus sensores estão aptos a ler o gás e o equipamento é capaz de alarmar em uma situação de perigo, como foi previamente configurado para fazer.
Procedimentos do Teste de Resposta
Para a realização desse teste, é necessário que se tenha um cilindro de gás, com a concentração adequada para cada detector, um regulador de vazão, adequando ao modelo de equipamento e também uma cobertura ou capa de calibração compatível com o modelo de detector.(*)
Ao expor o detector aos gases, ele deve apresentar uma resposta satisfatória e também atingir os níveis de alarmes. Feito isso, pronto, podemos atestar que o equipamento está funcionando e pronto para uso.
Temos outras formas de fazer isso, como a utilização de estação de calibração, também conhecidas como “dockings”, que quando acoplada a um cilindro de gás com regulador, pode realizar o procedimento de maneira automática; podemos também utilizar uma função chamada de BUMP TEST, disponível em alguns dispositivos e que forçam a realização do teste, uma vez que travam o equipamento e apenas realizam a liberação após a realização do teste.
O importante é que antes de utilizar o se detector de gás, você realize um teste de resposta e garanta o seu funcionamento.
Ah, e é lei!
Na NR33 temos:
“… monitorar continuamente a atmosfera nos espaços confinados nas áreas onde os trabalhadores autorizados estiverem desempenhando as suas tarefas, para verificar se as condições de acesso e permanência são seguras;
“… testar os equipamentos de medição antes de cada utilização;
“… utilizar equipamento de leitura direta, intrinsecamente seguro, provido de alarme, calibrado e protegido contra emissões eletromagnéticas ou interferências de radio frequência.
Lembre-se: o teste de resposta salva vidas!
*Observar manual do fabricante para o correto dimensionamento dos itens e procedimento de teste.
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